Cada vez mais, as partes interessadas e os investidores esperam que as organizações sigam muito além dos limites socioambientais.
Vejamos os fundos ESG, batendo na porta, e sem falar na exclusão das organizações que não estão de acordo com os anseios deles.
As organizações estão estabelecendo metas ambiciosas para provar seu compromisso com a sustentabilidade de longo prazo de sua própria organização e do planeta.
Mais ao mesmo tempo suas métricas estão sendo auditadas e cada mais são exigidas transferência nesses números
Relatórios lindos, coloridos com fotos, não são lidos por investidores, mas a conclusão das auditorias de validação sim
A definição de responsabilidade social corporativa segundo a ISO 26000, explica que a “responsabilidade de uma organização para os impactos que suas decisões e atividades causam na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente “.
Onde primeiro consiste na ação de identificar e avaliar os impactos que um projeto tem sobre a sociedade onde atua e sendo responsável por eles, e identificando os grupos de interesse, incorporar suas necessidades e valores na estratégia da empresa e no processo de tomada de decisões diárias.
Por sua vez, deve comprometer-se a ultrapassar ocasionais serviços comunitários e obrigações exigidas nas condicionantes
O segundo desafio para a responsabilidade social das organizações é gerar um envolvimento real com as partes interessadas, o que vai desde o estabelecimento de relacionamentos até a criação de sinergias.
As organizações devem parar de perceber-se como um ” vizinho que incomoda ” do território, e ser considerado uma parte integrante do mesmo.
Devemos parar de pensar em termos de prazos (a duração dos contratos, autorizações e licenças, períodos institucionais), a fim de fazê-lo de forma estratégica.
Nao podemos esquecer todo, mas todo projeto social deve ter métricas, para acompanhá-los sua efetividade e mudanças de rumo se for necessário.
Isso implica o processo de identificação dos pontos comuns entre o plano de negócios e os planos de desenvolvimento tanto das comunidades como das instituições, bem como as questões que importam para todos, para aqueles que estão dispostos a trabalhar, definindo um caminho consistente para sua gestão.
A responsabilidade social corporativa deve ser incorporada à estrutura de toda a organização com base na definição de políticas que garantam sua implementação.
Mas as políticas precisam ser realizadas para que elas não permaneçam em meros depoimentos sem fundo.
A sociedade já não aceita mais “green washing social “
É necessário definir um propósito estratégico, coordenar os esforços existentes e potenciais da empresa nas diferentes áreas e materializá-los em planos de ação mensuráveis, realistas e responsivos aos temas de interesse identificados, e não a intuições
O quarto desafio é a comunicação, não só para o conceito de que a ação não comunicativa não existe, mas porque capacita grupos de interesse.
E isso, embora tende a causar algum medo, acaba sendo uma forma de facilitar os processos de negociação, concertação e diálogo com os grupos de interesse, já que doravante eles serão baseados no lúcido debate das idéias, propostas e contrapropostas, facilitando o pensamento inovador.
O caminho de definição e implementação não é curto ou simples.
Esse talvez seja o maior desafio.
Relacionamento com comunidades, não é para amadores, nem tão pouco a execução de projetos sociais sem critérios.
Estamos juntos!